A Epístola a Tito é conhecida como uma das Epístolas Pastorais, assim como as duas cartas a Timóteo. Esta carta foi escrita pelo apóstolo Paulo para incentivar o seu irmão na fé, Tito, o qual havia sido deixado em Creta para liderar a Igreja que Paulo havia estabelecido em uma de suas viagens missionárias (Tito 1:5). Esta carta aconselha Tito a respeito de quais qualificações deve-se buscar nos líderes da igreja. Ele também alerta Tito acerca da reputação daqueles que viviam na ilha de Creta (Tito 1:12).
Além de instruir Tito sobre o que procurar em um líder da igreja, Paulo também incentivou-o a voltar a Nicópolis para uma visita. Em outras palavras, Paulo continuou a discipular a Tito e a outros enquanto cresciam na graça do Senhor (Tito 3:13).
A carta a Filemom é a mais curta de todas as obras de Paulo e lida com a prática da escravidão. A carta sugere que Paulo estava na prisão quando a escreveu. Filemom era um proprietário de escravos que também hospedava uma igreja em sua casa. Durante o tempo do ministério de Paulo em Éfeso, Filemom tinha provavelmente viajado para a cidade e, ao escutar a pregação de Paulo, converteu-se ao Cristianismo. O escravo Onésimo roubou seu senhor, Filemom, e fugiu, dirigindo-se a Roma e a Paulo. Onésimo ainda era propriedade de Filemom, e Paulo escreveu para suavizar o seu regresso ao seu mestre. Onésimo tornou-se um cristão (Filemom 10) como resultado da testificação de Paulo, o qual queria que Filemom aceitasse Onésimo como um irmão em Cristo e não meramente como um escravo.
Como maravilhoso deve ter sido quando Tito recebeu uma carta de seu mentor, o apóstolo Paulo. Paulo era um homem muito honrado, e com razão, depois de estabelecer várias igrejas em todo o mundo oriental. Esta famosa introdução do apóstolo teria sido lida por Tito: “a Tito, meu verdadeiro filho em nossa fé comum: Graça e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador” (Tito 1:4).
Paulo tinha advertido os proprietários de escravos sobre sua responsabilidade para com eles. Além disso, Paulo apresentou esses escravos como responsáveis seres morais que deviam temer a Deus. Em Filemom, Paulo não condenou a escravidão, mas apresentou Onésimo como um irmão cristão, em vez de um escravo. Quando um proprietário pode se referir a um escravo como um irmão, o escravo chegou a uma posição em que o título jurídico de escravo não tem mais sentido. A igreja primitiva não atacou diretamente a escravidão, mas estabeleceu as bases para um novo relacionamento entre proprietário e escravo. Paulo tentou unir Filemom e Onésimo com o amor cristão de modo que a emancipação seria necessária. Somente após a exposição à luz do evangelho é que a instituição da escravidão poderia morrer.
O apóstolo Paulo merece a nossa atenção quando buscamos obter na Bíblia instruções sobre como viver uma vida agradável ao Senhor. Podemos aprender o que devemos evitar, assim como aquilo que devemos imitar. Paulo sugere que busquemos ser puros ao evitarmos as coisas que contaminam nossas mentes e consciências. E, em seguida, Paulo faz uma afirmação que jamais deve ser esquecida: “Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra” (Tito 1:16). Como cristãos, devemos examinar nossas próprias vidas a fim de garantir que alinham-se com a nossa profissão de fé em Cristo (2 Coríntios 13:5).
Em Filemom: Empregadores, líderes políticos, executivos de corporações e pais e mães de família podem seguir o espírito do ensinamento de Paulo ao tratar os funcionários cristãos, companheiros de trabalho e membros da família como membros do Corpo de Cristo. Os cristãos na sociedade moderna não devem ver ajudantes como instrumentos para ajudá-los a alcançar suas ambições, mas como irmãos e irmãs em Cristo que devem receber um tratamento amável. Além disso, todos os líderes cristãos devem reconhecer que terão que prestar contas a Deus pelo tratamento daqueles que trabalham para eles, quer os ajudantes sejam cristãos ou não. Eventualmente esses líderes terão que responder a Deus por suas ações (Colossenses 4:1).